Gafes comuns no exterior

A forma de se levantar um brinde, cumprimentar as pessoas ou posicionar os talheres sobre a mesa são exemplos de costumes que variam muito entre os países ao redor do mundo e enganos deste tipo podem se tornar grandes saias justas.

Dicas do guia internacional Lonely Planet, reunidas pelo jornal US Today, mostram costumes dos países e previne as tão temidas gafesFoto: Getty Images 

Com o objetivo de ajudar os turistas mais desavisados, o jornal americano US Today recorreu ao um dos editores do guia internacionalLonely Planet , Robert Reid, que selecionou algumas das principais dicas neste sentido. Informe-se e, adotando cuidados bem simples, evite situações indesejadas, tanto em viagens a turismo, quanto nos compromissos de negócios.

Modos à mesa 
O editor alerta que, em Portugal, é quase que um crime pedir por sal e pimenta se eles não estiverem na mesa. Na França, discutir a conta ou dividi-la também pode render algumas caras feias.

Enquanto isso, os russos esperam que as pessoas apoiem os pulsos na borda da mesa enquanto comem, conduzindo o garfo com a mão esquerda e, a faca, com a mão direita.

Já os japoneses aceitam até que você coma macarrão o sugando e fazendo ruídos, mas experimente repousar no prato o “hashi”, pauzinhos utilizados para pegar a comida, na posição vertical. Isso é altamente contra-indicado, pois é assim que o arroz é oferecido aos mortos, como em quase toda a Ásia.

No México, uma boa pedida é gritar a expressão “provecho”, que significa “bom apetite”, “aproveite”, para qualquer pessoa que chame sua atenção.

Tim-tim! 
O editor avisa que, em uma mesa junto com australianos, é comum pagar uma rodada de bebida para todo o grupo. Já na Suécia, jamais brinde sem gritar em alto e bom som a expressão “skals”, algo equivalente à “saúde” no Brasil e “cheers”, na Inglaterra.

Na Rússia, a vodka é reservada aos momentos de brinde, e não para ser bebida casualmente – portanto, aguarde um sinal. Também não cometa a gafe de misturá-la com outras bebidas, pois isso pode deixar os russos um pouco bravos. Homens podem tomar o drinque em uma única golada, enquanto as mulheres geralmente o recusam.

Os japoneses também têm um código diferenciado. Não é indicado que a pessoa encha o seu próprio copo, pois isso significa atestar, na visão deles, que você é um alcoólatra. O ideal é encher o copo das outras pessoas e aguardar ser retribuído com o gesto.

A famosa caixinha 
Enquanto na Rússia os 10% de gorjeta ao garçom são comuns e esperados, os japoneses rejeitam um pouco essa postura. “Se você quer mostrar sua gratidão a alguém, dê a ela um presente no lugar de uma gorjeta”, recomenda o

O corpo fala 
A linguagem corporal é outro ponto de controvérsia entre os turistas mais desinformados. Acenar com a mão aberta, com a palma à mostra, não é visto com bons olhos – ao contrário, significa rejeição.

Já os asiáticos entendem como um erro de etiqueta quem aponta objetos ou pessoas com os pés, ou, ainda, os colocam sobre cadeiras ou mesas ao se sentar. O pé não deve ser tocado em nenhuma parte do corpo do outro, já que é a parte mais baixa.

Por outro lado, também se recomenda que a cabeça das pessoas não seja tocada, pois eles a consideram, espiritualmente, como a parte mais elevada da pessoa.

No Reino Unido, ao pedir duas cervejas, fique atento. Quando os dedos estão voltados para o próprio pedinte, o sinal é negativo; enquanto, quando virado para o próximo, transmite a confiança de um simples “paz e amor”.

Mulheres: fujam dos monges na Tailândia. Tocá-los ou ser tocada por eles não é de bom tom. Tanto que, caso uma mulher queira entregar algo a um monge, o objeto deve ser colocado em um lugar que ele mesmo possa alcançar.

Just business 
O editor do guia Lonely Planet alfineta o Brasil expondo costumes que, de fato, são comuns ao País dentro do mundo dos negócios. “No Brasil, acostume-se a ver clientes atendendo a chamadas telefônicas, ainda que no meio de uma conversa”, diz o guia.

A publicação destaca, ainda: “É considerado falta de educação não atender a uma ligação telefônica, ainda que seja para apenas dizer que vai ligar depois, enquanto interromper a reunião com este propósito não é visto como algo negativo.”

Outro ponto tocado pelo Lonely Planet a respeito de reuniões de negócio no Brasil é a questão da pontualidade. O guia coloca o hábito como algo incomum, e recomenda que, por este motivo, os eventos sejam antecipados em 30 minutos.

Gafes americanas 
A matéria do US Today ouviu algumas fontes a respeito do comportamento do americano em viagens ao exterior. Ann Marie Sabath, autora do livro Business Etiquette: 101 Ways to Conduct Business with Charm and Savvy diz que eles cometem gafes mais de 70% das vezes em viagens de negócios no exterior. Entre os erros mais comuns, estão não trazer um presente ao cliente em sua primeira visita ao país, não dar “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” e não expressar interesse na cultura ou história do país em questão.

Michael Soon Lee, autor de Cross-Cultural Selling for Dummies , também foi ouvido pelo jornal, e disse que não é à toa que os americanos têm uma reputação prejudicada neste sentido. Segundo a fonte, eles tendem a assumir que as pessoas ao redor do mundo fazem coisas da forma como eles fazem, como olhar diretamente no olho, que em algumas regiões é considerado uma ofensa.

Scott McKain, autor e palestrante que viaja a negócios há muitos anos, afirma que aprendeu lições valiosas de etiqueta ao longo dos anos. Uma delas é aprender a dizer “obrigada” na linguagem local e sempre pedir desculpas pela falta de fluência.

Ele acredita que, com bom humor, as gafes podem ser perdoadas mais rapidamente. Ele aconselha: “É notável o quão maravilhosas as pessoas podem ser quando você tem humildade e um desejo sincero em aprender mais sobre a cultura local, e o quanto podem ser reticentes se você quiser fazer as coisas da sua forma”, finaliza.

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